Entre as medidas que até agora reduziram o número de atendimentos presenciais na Segurança Social estão o aumento do prazo de validade dos pagamentos de três para cinco dias e a diversificação dos métodos de pagamento.
Esta diversificação vai dar mais um passo em julho, mês em que se prevê que passe a ser possível fazer pagamentos através do MBWay, disse a ministra, sublinhando que na Segurança Social mais de 60% dos atendimentos continuam a ser presenciais, apesar da redução de 450 mil atendimentos entre janeiro e 20 de abril.
Maria do Rosário Ramalho fez ainda um balanço do trabalho desenvolvido nos últimos 11 meses, destacando que este Governo "recuperou a centralidade do diálogo na Concertação Social".
Neste contexto, afirmou que a alteração da legislação laboral "a existir, tem de ser acordada com os parceiros sociais", reconhecendo, no entanto, que caberá ao Governo que sair das eleições de 18 de maio, "continuar ou não com esta linha de trabalho", que tem sido seguida.
Maria do Rosário Ramalho referiu que, independentemente do facto de ser essencial aumentar o salário mínimo nacional, é igualmente importante estabelecer um caminho que permita valorizar todos os salários e evitar o achatamento do salário médio.
No contexto da Segurança Social, e depois de afirmar que "não há dúvida de que a Segurança Social está bem hoje", referiu a necessidade de olhar para a sustentabilidade do sistema a longo prazo e para a trajetória das reformas, tendo em conta estimativas que apontam para uma redução da taxa de substituição no futuro.
"Não é para criar alarme", disse, mas "para garantir que no futuro todos terão uma pensão adequada".