Um leitor do The Portugal News, capitão aposentado da BA com mais de 55 anos de experiência em aeroportos internacionais em trânsito, descreveu o Aeroporto de Faro como “um dos piores do mundo civilizado” depois que ele e sua esposa foram forçados a esperar no saguão de desembarque com “mais de 1.000 passageiros esperando para passar pela imigração”. Que terrível acusação e falha organizacional da Polícia de Fronteiras Portuguesa

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Ele acrescentou: “Portugal, com o Algarve em particular, é muito dependente do setor de hospitalidade e a autoridade organizadora deve garantir que a primeira e a última experiência de todos os passageiros que chegam e partem seja boa e não se atrase pela confusão no aeroporto de Faro, que já existe há anos. As autoridades responsáveis por isso deveriam ter vergonha de si mesmas

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Outro leitor entrou em contato com o The Portugal News para destacar que seus parentes idosos estavam esperando a chegada há mais de 45 minutos e ele próprio havia se atrasado em mais de duas horas: “Isso é uma vergonha e precisa ser resolvido”.

Não são apenas os viajantes que destacaram problemas no Aeroporto de Faro; a APAL, a Agência de Promoção de Albufeira, também emitiu uma declaração sobre os efeitos adversos que os atrasos no Aeroporto de Faro estão tendo.

A Agência de Promoção de Albufeira APAL expressa a sua profunda preocupação com a situação ocorrida nos últimos dias no Aeroporto Internacional de Faro, com longas filas e tempos de espera prolongados no controle de passaportes, que em alguns casos ultrapassam as três horas.

âEsta realidade afeta negativamente a experiência dos milhares de visitantes que escolhem o Algarve como destino de férias, sendo Albufeira o principal destino turístico da região. Nossa cidade recebe anualmente um número significativo de turistas que chegam por esse aeroporto, e episódios como os relatados comprometem o esforço contínuo de promover e qualificar a oferta turística local e regional

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âÉ essencial enfatizar que esse tipo de restrição não surge de uma situação específica, mas de um problema recorrente, especialmente durante períodos de maior afluência. A repetição dessas falhas compromete não só a imagem da região, mas também a percepção da qualidade e eficiência dos serviços de recepção

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“A APAL apela, portanto, às entidades competentes, nomeadamente ao Governo, à ANA, aos Aeroportos de Portugal e demais autoridades envolvidas, para que tomem medidas urgentes e estruturais para garantir o bom funcionamento do Aeroporto de Faro, em linha com a importância estratégica do turismo para a economia regional e nacional”.

Em resposta às reclamações, o departamento de informações e serviços de passageiros do Aeroporto de Faro declarou que está “totalmente comprometido em responder ao feedback e apoiar os passageiros”; no entanto, as operações de controle de passaportes são gerenciadas pela Polícia de Fronteiras Portuguesa e a “alocação de mesas de controle de passaportes e procedimentos relacionados estão inteiramente sob sua jurisdição”.

Mudanças de outubro

O Oficial da Guarda de Fronteiras da PSP Faro declarou sobre a situação: “Os controles de fronteira realizados nas fronteiras externas do Espaço Schengen são obrigatórios e envolvem não só o controle de passaportes, mas também, de acordo com o Código de Fronteiras Schengen, a verificação do propósito da visita, condições de permanência, verificação cruzada com várias bases de dados e verificação dos meios de subsistência durante a estadia.

âDependendo do perfil do passageiro e de outros fatores, esse controle pode levar mais ou menos tempo e, portanto, não é possível fazer qualquer suposição sobre o tempo necessário para cruzar a fronteira.

“Também estamos atualizando nossos sistemas de controle de passaportes para cumprir o novo Sistema de Entrada e Saída, que entrará em vigor em outubro, e tivemos um problema com o novo sistema em todo o país no dia 15, o que levou a um tempo ainda maior para o controle de passaportes”.

Novos sistemas

Enquanto isso, foi anunciado que novos sistemas de controle de fronteiras estão sendo instalados a partir de hoje em aeroportos e portos marítimos e permitirão uma “gestão mais rigorosa e eficiente da entrada e saída” de cidadãos no espaço Schengen.

De acordo com o SSI, esses sistemas estão sendo instalados como parte do plano europeu de transformação digital da gestão de fronteiras, que trará “mais inovação, segurança e confiança”.

O SSI afirma que estes novos sistemas estão a ser instalados a partir de hoje em vários pontos de fronteira aérea e marítima com o envolvimento da GNR, da PSP, das entidades gestoras das infraestruturas aeroportuárias e portuárias, do Ministério dos Negócios Estrangeiros, da Agência para a Imigração e Mobilidade (AIMA) e da Rede Nacional de Segurança Interna ( RNSI).

Os sistemas em questão são o “VIS4” (Sistema Europeu de Informação sobre Vistos), o “Passe+” (Sistema Nacional de Controle de Fronteiras Aéreas e Terrestres) e o Portal de Fronteiras.

O SSI destaca que esses sistemas “trazem uma gestão mais automatizada, rigorosa e eficiente da entrada e saída de cidadãos nacionais e estrangeiros no espaço Schengen, com impacto direto no controle de vistos, registro biométrico e histórico de movimentação de cidadãos de terceiros países”.

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