“Isso representa um uso indevido do investimento público, possibilitado pelas práticas de licenciamento permissivas e cúmplices da Câmara Municipal do Funchal”, afirmou Élvio Sousa, líder do JPP, em comunicado oficial.
Aautarquia do Funchal, atualmente liderada por Cristina Pedra, é governada pela coligação Funchal Sempre à Frente, composta pelo PSD e CDS-PP, que detém a maioria absoluta. A questão foi inicialmente levantada por conselheiros da coalizão Confiança, liderada pelo Partido Socialista (PS), que não têm responsabilidades executivas dentro do conselho.
De acordo com os conselheiros da oposição, pelo menos um apartamento dentro de um empreendimento de 48 apartamentos, construído por uma cooperativa habitacional a custos controlados e inaugurado no final do ano passado, já está sendo comercializado como aluguel de temporada de curto prazo. Isso, eles argumentam, viola diretamente os regulamentos habitacionais locais e prejudica o propósito pretendido dos esquemas habitacionais acessíveis.
Sendo o maior partido da oposição no Parlamento Regional da Madeira, com 11 deputados, o JPP está convocando uma “audiência parlamentar urgente” com o chefe da Câmara Municipal e o presidente da cooperativa habitacional responsável pelo desenvolvimento. O objetivo é obter total esclarecimento e responsabilidade sobre como esse licenciamento foi permitido em um projeto habitacional com apoio público.