De acordo com o portal Estatísticas da Justiça, gerido pela Direção-Geral da Política de Justiça, entre 1 de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de 2024, foram identificados 1.706 homens e 1.308 mulheres, maioritariamente pela PSP e GNR, sob suspeita de abandono de animais de estimação.
Em 2015, foram identificadas 205 pessoas, o menor número da década, e no ano passado, 320.
O pico ocorreu em 2022, com 364 identificações.
De acordo com a mesma fonte, a polícia registrou 6.711 crimes de abandono de animais de estimação na mesma década.
O menor número anual foi em 2015, com 472 casos, e o maior em 2019, com 801.
No ano passado, 652 crimes foram registrados.
Em 2025, a GNR (Guarda Nacional Republicana) registrou 214 crimes de abandono de animais de estimação até 31 de julho, enquanto a PSP (Polícia de Segurança Pública) registrou 117 crimes até 30 de junho, informaram as duas forças de segurança em resposta à Lusa.
A maioria dos animais abandonados são cães e gatos, sendo o verão uma das épocas mais críticas do ano.
“Normalmente, o maior número de abandonos de animais de estimação ocorre durante o principal período de férias, ou seja, o verão”, afirma a GNR.
Lembrando que “adotar um animal de estimação sempre implica responsabilidades”, a força de segurança pede “comportamento responsável” mesmo nas férias.
“Existem [...] alternativas com as condições necessárias para que os animais sejam devidamente cuidados, caso não possam ser transportados para locais de férias, e a solução nunca passará pelo abandono de um animal de estimação”, enfatiza a GNR.
O mesmo apelo é feito pela PSP, que pede a todos os cidadãos que “respeitem os 'direitos dos animais'”.
De acordo com o Código Penal, o crime de abandonar um animal de estimação é punível com até seis meses de prisão ou multa de até 60 dias.