No final de uma visita ao festival Amadora BD, o ministro da Cultura explicou à agência Lusa que o objetivo da criação do prémio "é reconhecer e valorizar esta expressão artística" e que não será uma iniciativa isolada.
"Já temos alguns eventos em Portugal, mas o Estado, através do Ministério da Cultura, tem a obrigação de apoiar áreas que precisam de maior valorização e promoção. E há ainda a circunstância de esta nona arte ser muito popular entre os mais jovens", disse.
O prémio será dividido em três categorias: um prémio de carreira para "alguém que se tenha distinguido na área da banda desenhada ao longo da sua carreira"; um prémio para uma obra publicada no ano anterior ao concurso; e um prémio que reconheça "uma personagem inovadora na banda desenhada".
De acordo com Margarida Balseiro Lopes, o regulamento será publicado "nas próximas semanas", as candidaturas abrirão no início de 2026 e o objetivo é anunciar os vencedores a 18 de outubro, porque, desde 2024, esta data é celebrada como o Dia Nacional da Banda Desenhada Portuguesa.
Sobre este prémio nacional, que está sob a alçada da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas(DGLAB), a ministra sublinhou que "não se trata de uma iniciativa isolada", lembrando que estão abertas as candidaturas para as bolsas anuais de criação literária, que incluem a banda desenhada e a literatura infantil e juvenil.
Margarida Balseiro Lopes disse ainda que a DGLAB e a Direção-Geral das Artes estão "a trabalhar num conjunto de iniciativas de promoção e valorização da banda desenhada".
Entre essas iniciativas está a intenção de "formar e capacitar as pessoas que trabalham na rede de bibliotecas públicas" e a criação de mais bibliotecas de BD, como a da Amadora, "mas há muitos concelhos que não as têm".








