O candidato da coligação PSD/CDS-PP/IL, Pedro Duarte, disse que colocará as mais de 20.000 casas vagas no Porto no mercado de arrendamento moderado, e, considerando as medidas apresentadas pelo governo esta semana, considerou importante ter benefícios fiscais para os proprietários, mas também apoio para os inquilinos. Em relação ao programa municipal de aluguel acessível, ele disse que está alinhado com as tarifas praticadas atualmente pela prefeitura
.Manuel Pizarro, chefe do Partido Socialista (PS), argumentou que o problema está na falta de oferta habitacional acessível. Ele prometeu construir 5.000 novas casas com aluguéis moderados e procurou desacreditar a possibilidade de depender de casas vagas, argumentando que colocá-las no mercado seria
um processo demorado.Diana Ferreira, da CDU (PCP/PEV), apontou o turismo como “um dos fatores” que dificultam o acesso à habitação acessível, mas não descartou a responsabilidade do governo pela falta de soluções.
O candidato independente Filipe Araújo, que é apoiado pelo PAN, criticou “aqueles que prometem o mundo e a lua” e se comprometeu a criar uma “força-tarefa” para resolver o problema e agilizar o atual projeto “Porto Solidário” da cidade, um programa de apoio à renda e empréstimos bancários de dois anos para pessoas com dificuldades financeiras.
Crítica
Para o Chega, Miguel Corte-Real criticou a tentativa de resolver o problema “com um leilão de promessas” e disse acreditar que é necessário “resolver a burocracia” para quem quer construir casas na cidade, ao mesmo tempo que defende a manutenção do programa “Porto Solidário
”.O líder do Bloco de Esquerda, Sérgio Aires, lamentou que a questão habitacional seja negligenciada ao abordar os desabrigados e aqueles em listas de espera por habitação social. Ele defendeu o foco em moradias populares e exigiu que projetos fossem desenvolvidos em terrenos municipais em Monte Pedral (Centro Histórico) e Monte da Bela (Campanhã), para os quais a cidade já lançou concursos públicos, mas
que permaneceram por preencher.Hélder Sousa, do Livre, alertou que o problema não se limita à falta de moradia, mas também às más condições de vida de muitas famílias, propondo a criação de um plano municipal para combater a pobreza energética. O candidato quer que 30% das moradias sejam retiradas do mercado especulativo e, para conseguir isso, defendeu parcerias com instituições públicas e
cooperativas.Nuno Cardoso (NC/PPM) alertou para o número de idosos que “vivem isolados” na cidade e propôs a criação de uma incubadora pública para cooperativas e o fornecimento de terrenos municipais para construção.
Os imigrantes
Frederico Duarte Carvalho, do partido ADN, culparam os imigrantes pelos aumentos de preços, citando situações em que “10 pessoas moram na mesma casa” como exemplos e culpando as
administrações recentes por esse problema.Para o Volt, Guilherme Alexandre Jorge disse que foi o único que exemplificou o desejo dos jovens de “poderem se emancipar”, já que não consegue sair da casa onde mora com sua família, e defendeu um compromisso com moradias populares e cooperativas.
Luís Tinoco Azevedo, candidato pelo PLS (Partido Socialista do Desenvolvimento Social), acredita que é importante envolver “todas as partes interessadas” para aumentar a construção. Ele argumentou que “as acomodações locais não devem ser demonizadas” e que os hotéis também devem ser incluídos nas medidas de contenção da cidade, que têm seus próprios regulamentos municipais para a AL (Associação de Habitação Social).
Maria Amélia Costa, membro do PTP (Partido Socialista do Partido Socialista), diz que existem terras municipais que podem ser usadas para construção e enfatizou a importância de “atrair investimento privado” criando uma empresa municipal “para financiar essas propriedades para moderar o aluguel que queremos tornar mais acessível”.
O conselho atual é composto por uma maioria de seis membros eleitos do movimento de Rui Moreira e um conselheiro independente. Os outros dois membros eleitos são do PS (Partido Socialista do Partido Socialista), dois do PSD (Partido Social Democrata do Partido Socialista), um da CDU (Partido Social Democrata do Partido Socialista) e um do BE (Partido Socialista do Partido Socialista
).As eleições municipais acontecem em 12 de outubro.