Os resultados da última fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior (CNAES) foram divulgados hoje pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) e mostram que as universidades e os institutos politécnicos têm agora 45.290 novos estudantes, o que é 10 por cento menos do que no ano passado, quando foram colocados 50.612 candidatos.
A hipótese de que havia menos estudantes chegando ao ensino superior neste ano começou a ser levantada quando se soube que havia menos candidatos para a 1ª fase do CNAES, uma teoria reforçada pelos resultados das primeiras colocações que mostraram que apenas 44 mil estudantes conseguiram uma vaga, 12% a menos que no ano anterior e o menor número desde 2016.
As colocações sempre caíram em relação aos anos anteriores e essa 3ª e última oportunidade de ingressar no ensino superior pelo CNAES não foi exceção: apenas 801 novas colocações, menos que o dobro do número do ano passado.
Reitores, presidentes politécnicos e associações estudantis apontaram várias razões para a redução de estudantes, desde o alto preço da acomodação até as dificuldades econômicas de famílias que não têm dinheiro para manter uma criança estudando fora de casa até a obrigação de fazer exames nacionais para concluir o ensino médio.
O problema não está relacionado ao número de vagas disponibilizadas pelas instituições de ensino superior. Somente nesta 3ª fase, por exemplo, 3.046 estudantes se inscreveram para as 6.710 vagas oferecidas. Nas três fases, havia 55.292 vagas e 45.290
estudantes foram colocados.A maioria dos novos estudantes foi colocada no subsistema universitário, que agora tem cerca de 29.000 “calouros”, com uma taxa de ocupação de 92,8%.
Mais uma vez, este ano, os institutos politécnicos tiveram o maior número de vagas não preenchidas, com uma taxa de ocupação de 67,72% após admitir 16.271 novos estudantes.
Os institutos politécnicos de Tomar, Bragança, Guarda e Beja tiveram as taxas de ocupação mais baixas (menos de 40%), ao contrário das universidades de Coimbra, Nova de Lisboa, Lisboa, Porto, ISCTE — Instituto Universitário de Lisboa e Escola Superior de Enfermagem de Lisboa, que viram preenchidas mais de 95% das vagas disponíveis.
Para os estudantes que agora foram aceitos, a matrícula e a matrícula ocorrerão entre 1 e 3 de outubro na instituição de ensino superior.






