De acordo com o município, a licença, emitida no início do ano, é para “trabalhos de demolição, expansão e alteração para converter o prédio existente em um hotel”.
No entanto, a construção da torre de 14 andares na Rua de Gonçalo Cristóvão, na União de Freguesias do Centro Histórico do Porto, nem o prédio foi vedado.
O processo de transformação da torre está em andamento há uma década, desde 2015, quando uma Solicitação de Informação Prévia (PIP) foi enviada ao departamento de planejamento urbano da cidade para converter o espaço em um hotel com mais de 200 quartos. Esse processo recebeu uma decisão favorável em março de 2016 e foi “sucessivamente
revalidado”.O prédio foi vendido em 2018 pela Global Media para a empresa Authentic Empathy. Desde 2020, é propriedade de apenas uma de suas empresas constituintes: a Magnetic Pocket, administrada pelos empresários de Macau Lei Ka Kei e David Siu, gerentes da Burgosublime, cuja empresa-mãe é a subsidiária portuguesa da KNJ de Kevin Ho.
O projeto arquitetônico do futuro “Hotel Jornal” foi confiado ao coletivo Escritório de Design e Arquitetura do Porto (OODA), responsável por projetos como a conversão do antigo Matadouro e a nova sede da Liga Portuguesa de Futebol em Ramalde.
De acordo com o site do estúdio de arquitetura, o painel de azulejos da fachada da torre, projetado pelo escultor Charters de Almeida, será mantido e uma parte do prédio ao lado da Estação Trindade será demolida.
Jornalistas deixaram esse espaço em julho de 2023. Os funcionários do JN e do jornal desportivo O Jogo mudaram-se para um prédio na Rua do Monte dos Burgos, na Prelada, e os da TSF para um espaço na Boavista.
A torre, projetada pelo arquiteto Márcio Freitas, foi a terceira redação dos funcionários do jornal, que se mudaram para essas instalações em 1970.