De acordo com os dados oficiais mais recentes, 177 pessoas estão atualmente registradas como desabrigadas em todo o arquipélago, com a maioria localizada nos municípios do Funchal (140 casos), Câmara de Lobos, Santa Cruz e Machico — todos situados ao longo da costa sul da Madeira.
“Faremos todo o possível para garantir que pelo menos 80% dessas 177 pessoas sejam acolhidas em acomodações adequadas”, disse Paula Margarido, Secretária Regional da Inclusão, Emprego e Juventude.
Margarido falava no lançamento do Terceiro Plano Regional para a Integração dos Sem-Abrigo (PRIPSSA 2025—2030), realizado no auditório do Instituto de Segurança Social da Madeira, no Funchal.
O plano descreve um conjunto abrangente de medidas destinadas a fornecer soluções de moradia segura, acesso a cuidados de saúde, apoio social contínuo e oportunidades de emprego. Reúne 23 organizações públicas e privadas que trabalham no setor social da região.
Nivalda Gonçalves, presidente do Instituto de Segurança Social da Madeira, órgão responsável pela iniciativa, destacou que dois projetos financiados através do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de Portugal já estão em andamento. Estas criarão 22 novas camas em duas instituições no Funchal e em Câmara de Lobos até
2026.“Nosso principal objetivo é garantir que as pessoas sejam alojadas em ambientes seguros e dignos”, afirmou.
Gonçalves acrescentou que a maioria da população sem-abrigo da Madeira são homens com idades entre 40 e 50 anos, muitos dos quais enfrentam desafios adicionais, como problemas de saúde mental e abuso de substâncias.