Em comunicado enviado à Lusa, o MAI diz que 20 oficiais, da Unidade de Controlo de Fronteiras do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, estão no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, desde ontem à tarde, e já foram distribuídos em diferentes turnos.
O ministério chefiado por Maria Lúcia Amaral acrescenta que, a partir de sexta-feira, outros 30 oficiais, que responderam aos convites internos, serão integrados no aeroporto.
De acordo com o Ministério da Administração Interna (MAI), estes 30 agentes estão a passar por três dias de formação em segurança aeroportuária e começarão a trabalhar no aeroporto de Lisboa a partir de terça-feira.
O MAI indica que também devem ser adicionados mais 30 polícias a partir de segunda-feira, oriundos dos comandos fronteiriços na área de Lisboa (Setúbal, Santarém e Leiria) e treinados em controle de fronteiras.
“No total, esse destacamento representa um reforço de 80 funcionários nos próximos 15 dias, com o objetivo de garantir o funcionamento regular do controle de fronteiras e da segurança no aeroporto durante o período de maior afluxo”, especifica o MAI.
Atrasos de seis horas
tempos de espera no aeroporto de Lisboa têm sido elevados, atingindo “seis horas” nos últimos dias, como afirmou o ministro da Administração Interna no parlamento na terça-feira
.Maria Lúcia Amaral admitiu que a introdução do novo sistema europeu de controle de fronteiras para cidadãos de fora da UE “deu errado” nos aeroportos portugueses, mas negou que fosse da “responsabilidade exclusiva” da PSP (Polícia de Segurança Pública Portuguesa).
O novo sistema europeu de controle de fronteiras para cidadãos não pertencentes à UE entrou em operação em 12 de outubro em Portugal e nos demais países do Espaço Schengen e, desde então, os tempos de espera pioraram, particularmente no aeroporto de Lisboa, com os passageiros às vezes tendo que esperar várias horas.
Essa situação levou o governo a criar uma força-tarefa de emergência no final de outubro para gerenciar essa crise.
Desde 10 de dezembro, a segunda fase está em andamento, envolvendo a coleta de dados biométricos, que consiste na obtenção de fotografias e impressões digitais dos passageiros, complicando ainda mais a situação.
No parlamento, onde foi questionada sobre as longas filas no controle de fronteiras nos aeroportos portugueses, as medidas adotadas e os prazos esperados para sua resolução, a ministra também afirmou que atualmente 236 oficiais da PSP (Polícia de Segurança Pública) estão designados para o Aeroporto Humberto Delgado, enquanto a necessidade é de 270.
O ministro afirmou que os oficiais da PSP devem ser credenciados com o curso de formação de guardas de fronteira, organizado pela agência europeia Frontex, e salientou que “sem esse curso e sem esse treinamento, não é possível colocar policiais no aeroporto”.
O ministro acrescentou que “10 cursos de treinamento de guardas de fronteira estão planejados para serem realizados progressivamente em 2026”.





