Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística(INE) revelam um grupo de apenas sete concelhos onde o chamado "rendimento líquido por pessoa", que corresponde ao salário bruto anual após IRS, ultrapassa os 13 mil euros por ano.

Oeiras e Lisboa lideram a lista dos rendimentos dos trabalhadores, sendo que o concelho liderado por Isaltino Morais é o único que aufere acima dos 15 mil euros anuais: 15.862 euros. Logo abaixo, com mais de 10% de atraso, os lisboetas registaram rendimentos de 14.282 euros. Do outro lado do Tejo, Alcochete apresenta uma mediana de 13.654 euros, seguida de Cascais (13.406), Coimbra (13.241) e dois concelhos que podem ser considerados menos óbvios.

O único município da ilha de Porto Santo, na Região Autónoma da Madeira, com menos de 6000 habitantes, tem um rendimento líquido mediano per capita de 13.089 euros. Logo a seguir, o último município da lista com rendimentos acima dos 13.000 euros, Évora, só entra neste ranking por três euros.

Por regiões, o Alto Tâmega e Barroso (9.449 euros) e o Tâmega e Sousa (9.819 euros) são as que apresentam os salários declarados mais baixos. Inversamente, o Norte apresenta uma situação mais penalizadora, com toda a região a registar menos municípios acima da média nacional do que aqueles que se concentram apenas na Grande Lisboa.

Todos os nove municípios da área da capital e os nove da Península de Setúbal estão entre os 71 com um rendimento líquido mediano per capita acima da média nacional de 11 446 euros. Na mesma situação, apenas Faro se destaca no Algarve, enquanto a Madeira tem três municípios, metade dos Açores, o Centro tem 17, o Oeste e Vale do Tejo têm uma dezena, enquanto no Alentejo e no Norte, apenas oito municípios cada um têm rendimentos acima da média nacional. Na Área Metropolitana do Porto, os valores medianos mais elevados registam-se na Maia (12.726 euros), no Porto (12.460 euros) e em Matosinhos (12.266 euros).