As avaliações bancárias bateram um novo recorde no mês passado, com 1.965 euros. Trata-se de um aumento de 20 euros em relação a julho, segundo os dados divulgados pelo INE.
O valor de avaliação das casas pelos bancos para efeitos de crédito à habitação voltou a subir em agosto, pelo 21º mês consecutivo. De acordo com os dados do INE, o valor mediano das avaliações bancárias das casas foi de 1.965 euros por metro quadrado em agosto, o que constitui um novo máximo histórico.
De acordo com os números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o valor das avaliações bancárias aumentou 20 euros face ao mês anterior, uma subida mensal de 1%, marcando o 21.º mês consecutivo de aumentos mensais, mantendo a tendência de crescimento mensal registada desde o final de 2023.
No entanto, em termos anuais, e após 12 meses de crescimento, o ritmo de crescimento abrandou ligeiramente. De acordo com o INE, as avaliações bancárias de habitação registaram um aumento homólogo de 18,1%, abaixo dos 18,7% registados em julho.
O comunicado alerta ainda que "o número de avaliações bancárias consideradas foi de cerca de 31,7 mil, representando um decréscimo de 6,4% face ao mês anterior e de 0,3% em termos homólogos".
Os apartamentos viram o valor mediano de avaliação bancária atingir 2.269€/m2, representando um aumento de 22,6% face a agosto de 2024. A Grande Lisboa continua a registar as avaliações mais elevadas, com preços de 2.991€ por metro quadrado, e o Algarve, 2.681€ por metro quadrado, enquanto o Centro registou o valor mais baixo: 1.472€ por metro quadrado.
O valor mediano dos apartamentos T1 subiu 48 euros, para 2.914 euros por metro quadrado, enquanto os apartamentos T2 e T3 viram as suas avaliações aumentar 27 e 15 euros, respetivamente, para 2.344 euros e 1.957 euros por metro quadrado, respetivamente.
O INE revela ainda que as regiões da Grande Lisboa, Algarve, Península de Setúbal, Região Autónoma da Madeira e Alentejo Litoral tiveram valores de avaliação superiores à mediana nacional em 50,5%, 33,7%, 19,6%, 16,3% e 5,2%, respetivamente.
Em sentido oposto, Beiras e Serra da Estrela, Alto Tâmega e Barroso e Alto Alentejo foram as regiões que apresentaram os valores mais baixos em relação à mediana do país (-52,5%, -50,4% e -50,4%, respetivamente).