Em comunicado, o ISCTE explicou que o novo centro ficará situado junto às suas instalações, num espaço cedido pela Câmara Municipal. A universidade fornecerá os técnicos que prestarão assistência aos imigrantes, enquanto a AIMA os formará e os ligará à base de dados nacional.

"As questões da integração dos migrantes afectam todas as instituições, mas algumas, como as universidades, têm responsabilidades acrescidas", afirmou Maria de Lurdes Rodrigues, reitora do ISCTE, citada no comunicado.

Segundo a reitora, o ISCTE é responsável pela criação e funcionamento deste CLAIM "porque entende que não se deve limitar a garantir boas condições aos seus estudantes estrangeiros e funcionários imigrantes: deve também ter um papel ativo em iniciativas que promovam o acolhimento e a integração de todos os migrantes".

Entre as iniciativas do ISCTE no domínio das migrações, destaca-se a Academia Mais Integração, no Fundão, que forma profissionais dos sectores público, privado e de solidariedade social, em parceria com a Universidade da Beira Interior e a Câmara Municipal do Fundão.

O Observatório da Emigração, sediado no Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-ISCTE), constitui também uma estrutura técnica e de investigação independente dedicada ao estudo dos fenómenos migratórios, apoiada pela universidade.

Os técnicos afectos ao CLAIM terão como missão apoiar os migrantes em áreas como a regularização documental, a proteção internacional, o acesso a serviços públicos e a integração comunitária, assegurando ainda o registo dos serviços e a participação em acções de formação específicas.

O centro, que deverá começar a funcionar em novembro, fará parte da Rede CLAIM coordenada pela AIMA, que tem várias unidades espalhadas pelo país.

Na sexta-feira, o protocolo entre a Universidade e a AIMA será assinado no edifício Audax, onde está instalado o Centro de Empreendedorismo e Inovação do ISCTE.