Em comunicado, a PJ indicou que as peças foram recuperadas através da Unidade Local de Investigação Criminal de Évora e entregues, na segunda-feira, por esta força policial e pelo Ministério Público (MP), ao arcebispo de Évora, Francisco Senra Coelho.
De acordo com a PJ, os artefactos recuperados constituem "um conjunto de oferendas feitas pelos fiéis que peregrinam ao santuário, cujo desaparecimento foi comunicado à PJ em junho de 2020 pela Arquidiocese de Évora".
Apesar de a denúncia ter sido feita em 2020, a polícia salientou que as peças estavam desaparecidas desde agosto de 2009.
"Este conjunto de peças, considerado um 'tesouro' por corresponder a ofertas entregues ao longo dos anos ao santuário, destinadas à venerada imagem de Nossa Senhora d'Aires, inclui dois halos, um em prata e outro em ouro, ambos com pedras preciosas e de elevado valor histórico e patrimonial", acrescentou a PJ (Polícia Judiciária).
Ao anunciar o relatório à PJ, em fevereiro de 2021, o arcebispo de Évora, Francisco Senra Coelho, revelou em comunicado que o desaparecimento lhe tinha sido comunicado "em meados de 2020 por relato oral dos párocos de Viana do Alentejo".
"Não temos qualquer estimativa do valor económico das peças", sublinhou na altura Senra Coelho, frisando que, "do ponto de vista religioso, são bens oferecidos a Deus, dos quais não se pode dispor sem a autorização expressa do Santo Padre". Na altura, o arcebispo de Évora sublinhou que "já estavam a ser tomadas as medidas necessárias para reforçar a proteção e salvaguarda" do património.
Localizado a cerca de três quilómetros da cidade de Viana do Alentejo, o Santuário de Nossa Senhora d'Aires, considerado o maior templo do sul do país, datado de 1743, recebe anualmente muitos peregrinos de todo o país, mas sobretudo da região do Alentejo.







