"Temos de reverter o desconto e começámos a fazê-lo há duas semanas. Vamos utilizar a mesma metodologia de há duas semanas: sempre que houver descidas de preços que nos permitam acomodar parte da reversão do desconto, ela será feita", afirmou o Ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, em declarações aos jornalistas portugueses.

Quando questionado sobre quando é que isso vai acontecer, o ministro indicou que era "impossível dizer". "Se eu conseguisse prever o preço do petróleo com seis meses ou um ano de antecedência, seria um trilionário como o Elon Musk, mas infelizmente não tenho essa capacidade", ironizou.

Em causa estão os pedidos regulares da Comissão Europeia para que Portugal acabe com o desconto no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP), criado em 2022 e 2023 na sequência da crise energética relacionada com a guerra na Ucrânia e a elevada inflação.

De acordo com o Governo, a Comissão Europeia não impôs qualquer data, pelo que a redução será gradual.

No final de novembro, o Governo reduziu o desconto no ISP aplicável à gasolina sem chumbo e ao gasóleo rodoviário, anulando parte da descida do preço dos combustíveis prevista para a semana seguinte.