Os três vencedores são a Growappy, a Equivalence e a Usawa Care, cada uma delas trabalha em domínios diferentes, e as três apresentaram "soluções com impacto social" que "serão implementadas na cidade", para além de receberem 120 000 euros de financiamento.
Os projectos vencedores
A Growappy trabalha na área da Educação de Qualidade e pretende "reduzir a carga burocrática dos profissionais de educação e facilitar a comunicação entre as escolas e as famílias". Atualmente, tem parcerias "com 23 instituições, totalizando mais de 6.500 utilizadores". O Growappy, "durante a fase piloto", ajudou os profissionais de educação a poupar "mais de 100 minutos por dia em tarefas administrativas", tendo as famílias interagido com a plataforma "mais de 40 vezes por semana".
A Equivalence funciona na categoria Integração de Migrantes e "oferece uma solução que faz corresponder a experiência passada dos migrantes", em vários domínios como a educação, o emprego e o voluntariado, "com experiências equivalentes no país para onde o utilizador migrou". De acordo com o comunicado de imprensa enviado à The Portugal News, a Equivalence "tem mais de 170 subscritores e 12 parceiros estratégicos".
A terceira vencedora, Usawa Care, recebeu a distinção "na categoria Acesso a Cuidados de Saúde", depois de ter criado um "modelo inovador com recurso a IA que permite a um único pediatra monitorizar com segurança um maior número de crianças". A plataforma permite ter "acesso ilimitado a um pediatra com um tempo de resposta inferior a 15 minutos". A start-up, durante a fase de conceito, colaborou com mais de 40 instituições e tem atualmente mais de 600 utilizadores. Estão a ser registadas, em média, 10 consultas por semana.
Mudar a cidade para melhor
O anúncio dos vencedores foi feito durante a Semana do Unicórnio, que decorreu de 2 a 6 de junho, altura em que Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, elogiou o trabalho da Unicorn Factory, destacando a sua importância social, sublinhando que "em Lisboa, a inovação chega a todos e está ao serviço das pessoas", não só através do emprego, mas também da "mobilização da criatividade das empresas tecnológicas para trazerem novas ideias e ajudarem a resolver desafios sociais".
O diretor executivo da Unicorn Factory, também citado no comunicado de imprensa, Gil Azevedo, afirma que o "prémio é um marco significativo para Lisboa, traduzindo-se num impacto tangível no quotidiano da cidade em áreas críticas como a saúde, a educação e a imigração". Segundo o responsável, foram recebidas "mais de 300 candidaturas de 40 países", o que demonstra que Lisboa está a "atrair talento internacional e a transformar a inovação em impacto real".
Cada start-up vai receber 120 mil euros e ver os seus projectos serem implementados em Lisboa, para testar as soluções "num contexto real, em colaboração com várias instituições", tentando expandir o seu impacto. Serão realizadas reuniões regulares para "apresentar relatórios de progresso do trabalho desenvolvido, com acompanhamento contínuo e mentoria especializada".