O Aeroporto da Madeira - Cristiano Ronaldo deverá ter uma capacidade total de 298.749 lugares, o que representa um aumento de 20,95% face a agosto de 2024 (+51.757 lugares) e um aumento significativo de 75,07% face ao mês homólogo de 2019 (+128.099 lugares), pré-pandemia. Em termos de tráfego aéreo, prevê-se também que seja atingido um novo máximo, com 1661 voos regulares, mais 287 do que em agosto do ano passado (+20,89%) e mais 633 do que em 2019 (+61,58%), segundo o relatório citado no site oficial do Governo Regional.

No Aeroporto do Porto Santo, a tendência também é de crescimento, com 16.476 lugares disponíveis, o que representa um aumento de 18,41% em relação a agosto de 2024 (+2.562 lugares) e um aumento de 26,52% em relação a 2019. No total, serão operados 94 voos, mais 20 do que em ambos os anos de comparação (+27,03%).

Entre os principais destaques operacionais do mês está o regresso da ligação sazonal da TAP entre o Funchal e Caracas, a partir de 14 de agosto, com voos semanais até 16 de outubro. Por outro lado, a Norwegian retomará a sua rota entre Oslo e o Funchal a 19 de agosto, também com uma frequência semanal.

As companhias aéreas que mais contribuem para este crescimento significativo da capacidade aérea são, em primeiro lugar, a easyJet, com 81.346 lugares, representando 25,81% da capacidade total da região. Seguem-se a TAP, com 58.551 lugares (18,57%), e a Ryanair, com 39.055 lugares (12,39%). O top 5 é completado pela Transavia (5,70%) e pela Jet2 (4,82%).

No Funchal, os principais aumentos de capacidade face a agosto de 2024 provêm da Ryanair: +16.026 lugares (+69,56%), com reforços em rotas já existentes (como Londres-Stansted, Lisboa e Porto) e novas operações a partir de Shannon, Edimburgo e Milão-Malpensa. easyJet Europe: +14.150 lugares (+34,43%), com o reforço das rotas para Lisboa, Porto e Paris-CDG, bem como novas ligações a Amesterdão e Nantes; TAP: +4.406 lugares (+9,29%), com o aumento dos voos de Lisboa e Porto e o lançamento da nova rota Faro-Funchal. A Transavia France, a Marabu, a Discover Airlines, a Jet2 e a United Airlines são outras companhias aéreas que contribuíram significativamente, nomeadamente através de novas ligações estratégicas e do aumento das operações durante a época alta.

Apesar deste crescimento, o Observatório do Transporte Aéreo da Secretaria Regional do Turismo, Ambiente e Cultura da Madeira refere que se registaram algumas reduções pontuais. A Iberia, por exemplo, retirou as operações de Santiago de Compostela e Sevilha, reduzindo a sua capacidade total em 2.997 lugares (-35,35%). A Azores Airlines suprimiu as suas ligações intercontinentais (JFK, Boston e Toronto) e a Condor transferiu parte das suas operações para a nova companhia Marabu. A Lufthansa, por sua vez, deixou de operar diretamente a rota Munique-Funchal, que passou a ser operada pela Discover Airlines.