Falámos com a fundadora e diretora executiva da MIB International, Leona Burton, sobre quais as actividades paralelas que podem realmente dar dinheiro.

Burton tem ajudado empresas a construir marcas há mais de oito anos. É também investidora, tem várias empresas que foram objeto de investimento no Dragons' Den da televisão e tem uma comunidade de mais de 400.000 mulheres e mães com negócios em todo o mundo - muitas das quais criaram actividades paralelas de sucesso com a sua ajuda.

1. Serviços de freelance

"Olhar para o nosso conjunto de competências e qualificações que podemos ter feito há algum tempo é o melhor sítio para começar quando se trata de actividades paralelas e de oferecer serviços de freelancer", diz Burton.

"Há coisas que se podem fazer como freelancer pelas quais as pessoas estão dispostas a pagar e que também nos dão a liberdade e a flexibilidade de o fazer dentro do nosso próprio horário. Os serviços freelance são uma óptima forma de fazer crescer um negócio com pouco ou nenhum investimento", acrescenta.

Quando se trata de colocar os serviços no mercado, Burton diz que, para si própria e para os seus clientes, recomenda sempre que se comece por comercializá-los nas redes sociais. "Com as actividades paralelas, pode rapidamente tornar-se um jogo caro. Se começarmos pelas redes sociais, não precisamos de gastar dinheiro em anúncios e podemos identificar quem é o nosso cliente ideal e dedicar o nosso tempo ao marketing para essas pessoas.

"Recomendo que crie três conteúdos por dia para a plataforma principal em que se concentra: em primeiro lugar, informe as pessoas sobre quem é e o que faz; em segundo lugar, faça perguntas relevantes sobre as suas dificuldades e desafios; em terceiro lugar, faça uma publicação de vendas para mostrar o que pode oferecer."

2. Produtos digitais

"Embora semelhantes aos serviços freelance, os produtos digitais ainda têm um papel importante a desempenhar no ecossistema e no espaço online para actividades secundárias", explica Burton. "Os produtos digitais assumem formas como um livro eletrónico, um livro de exercícios descarregável ou um curso permanente. O que pode fazer é pegar nos seus conhecimentos e criar o seu próprio produto digital e comercializá-lo novamente através das redes sociais.

"Isto também não tem de ser um jogo caro", continua. "Quando comecei, costumava enviar às pessoas um link do Dropbox e elas pagavam-me através do PayPal. Por isso, a minha recomendação com este método seria começar com pouco e construir o seu fluxo de caixa - e depois começar a investir e a procurar uma plataforma que possa eventualmente alojar estas coisas."

3. Consultoria

Burton explica que a consultoria é outra forma de freelancing, mas é preciso ter cuidado com ela. Os consultores freelance são aqueles que trabalham com empresas numa base freelance para fornecer conhecimentos especializados num determinado domínio.

"A experiência e o conhecimento são muito importantes quando se trata de consultoria, garantindo que somos muito verdadeiros e honestos com o nosso público", diz Burton. "Isto deve-se ao facto de o espaço de coaching ter crescido imenso nos últimos anos.

"No entanto, isso trouxe alguns desafios, porque as pessoas não tendem a dizer a verdade. É muito importante identificarmos onde estão os limites, o que sabemos e o que não sabemos e, mais uma vez, ajudar as pessoas com os seus desafios. No que diz respeito à consultoria, por exemplo, uma das minhas clientes presta consultoria a outras organizações de limpeza porque construiu um negócio de sete dígitos no sector da limpeza", afirma.

4. Criação de conteúdos

Burton diz que, no que diz respeito à criação de conteúdos, é muito importante que as pessoas compreendam que pode ser difícil de conseguir. "É claro que é possível criar conteúdos e ser pago por isso. No entanto, o que eu recomendo é que as pessoas sejam estratégicas - comecem a pensar em quem é o seu cliente ideal e no que ele quer ver", diz ela.

"Se é um bloguista ou vlogger de estilo de vida, que tipo de empresa lhe pagaria para estar à frente do público e como é que isso seria efetivamente rentabilizado? Caso contrário, o que acontece é que as pessoas passam muito tempo no modo de criação de conteúdos e, na verdade, não rentabilizam nada. O jogo aqui é que, se decidir ser um criador de conteúdos, qual é o objetivo final e quanto quer ganhar e até quando? Ter estes objectivos e KPIs bem definidos significa que se pode rentabilizar eficazmente.

Também é possível fazer contactos diretos, ou seja, chegar às pessoas e dizer: "Eu sou assim e isto é o que faço... Estou à procura de colaborações pagas e isto é algo que lhe interessaria?"

"Muitas empresas estão agora a utilizar micro e nano-influenciadores em vez de grandes influenciadores para comercializar os seus produtos, porque sabem que está provado que os nano e os micro têm tradicionalmente mais influência sobre o seu mercado."

5. Comércio eletrónico

Burton recomenda o comércio eletrónico como a quinta ideia, que consiste na compra e venda de bens e serviços através da Internet. "No entanto, isto pode ser difícil, porque depende do produto que se pretende criar", afirma Burton.

"Eu colocaria esta atividade no último lugar das cinco actividades secundárias, só porque é um pouco mais difícil de começar e também porque é preciso ter algum dinheiro para investir na criação dos desenhos ou na relação que se estabelece com as pessoas. Continua a ser uma óptima forma de ganhar dinheiro, mas é mais difícil do que já foi."