Com o objetivo de atrair entre 1.000 e 1.500 pessoas ao The Cube, um edifício histórico da cidade californiana, o festival contará com vinhos de 44 produtores portugueses, propostas gastronómicas preparadas pelo chef luso-americano Telmo Faria e uma atuação do fadista Helder Carvalheira, ambos radicados em São Francisco.

"Escolhemos os Estados Unidos como um mercado potencial, com uma reputação muito interessante para os vinhos portugueses e um potencial de crescimento internacional significativo", explicou Isabel Marrana.

"Estamos a juntar muita gente, muitos sabores, muitas castas, muitas variedades de vinho, muitas castas", descreveu. "Temos muito para oferecer ao comércio e aos consumidores americanos".

Aumentar as vendas

O objetivo do Porto Wine Fest é, acima de tudo, aumentar as vendas de vinho no mercado norte-americano e promover Portugal como destino turístico, com enfoque no enoturismo.

A diretora executiva sublinha que no festival haverá horários e provas específicas para consumidores e gestores de compras. "O que queremos é que os restaurantes tenham vinhos portugueses nas suas ementas, que as garrafeiras americanas e de São Francisco tenham vinhos portugueses, e que os consumidores os queiram beber, que saibam o que estão a pedir, que identifiquem a experiência que vieram buscar a Portugal".

O Port Wine Fest acontece numa altura em que a imposição de tarifas de importação pela atual administração de Donald Trump tem afetado o comércio internacional. No entanto, Isabel Marrana disse que a AEVP continua firme na sua convicção de que este é um mercado de longo prazo.

"A incerteza em torno das tarifas só cria maiores desafios e não diminuiu a oportunidade", enfatizou. "Os Estados Unidos continuam a ser um mercado extremamente importante para os vinhos portugueses, nomeadamente para os vinhos do Douro e do Porto", sublinhou.

Mais visível

A recetividade tem aumentado à medida que Portugal se torna mais visível. "Há uns anos, ainda era preciso usar mapas para explicar onde ficava Portugal, mas hoje já não é assim", disse Isabel Marrana. "Temos uma forte adesão do sector e, sobretudo, do consumidor, o que nos incentiva claramente a fazer este esforço enérgico, de investimento e de paixão para levar os vinhos portugueses aos três cantos do mundo."

A visita a São Francisco é a primeira de três deste programa, seguindo-se Chicago, a 2 de outubro, e Nova Iorque, a 6 de outubro. Este conjunto de iniciativas é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com recursos alocados até junho de 2026.

"Ao juntarmos a gastronomia com os vinhos, a música tradicional portuguesa e o turismo, temos de facto uma oferta tremenda, sobretudo em termos de preço/qualidade. É absolutamente imbatível".