"Foi confirmada a participação de um quarto cidadão português na flotilha, que viajava na embarcação 'Selvaggia'", disse à Lusa fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).
O MNE acrescentou que está a aguardar autorização dos familiares, que contactaram o Gabinete de Emergência Consular, para eventualmente divulgar a identidade deste cidadão português.
Maria Elena Delia, porta-voz do grupo ativista italiano que participa na ação humanitária "Global Sumud" (Resistência Global, em árabe), afirmou hoje que 39 navios da flotilha foram interceptados pelas Forças de Defesa de Israel, havendo também algumas embarcações mais pequenas que se dirigiam para a Faixa de Gaza e que deverão ter o mesmo destino.
De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros italiano, as tripulações foram levadas para o porto de Ashdod e detidas em centros de detenção específicos, onde podem aceitar a expulsão voluntária imediata ou rejeitá-la e aguardar uma decisão judicial.
Entre os detidos encontram-se a deputada e dirigente do Bloco de Esquerda, a atriz Sofia Aparício, e o ativista Miguel Duarte.
De acordo com um comunicado da diplomacia israelita divulgado nas redes sociais, os membros da flotilha humanitária que foram detidos "estão bem e em segurança".
O mesmo comunicado indica que Israel vai iniciar os procedimentos de deportação para a Europa depois de os detidos serem transferidos para território israelita.
O primeiro-ministro disse hoje que espera que os cidadãos portugueses detidos por Israel possam regressar ao país "sem qualquer incidente", considerando que a mensagem da flotilha humanitária foi transmitida.
A flotilha humanitária, composta por cerca de 50 embarcações (incluindo uma com bandeira portuguesa), partiu de Espanha no final de agosto com o objetivo de romper o bloqueio israelita e entregar mantimentos na Faixa de Gaza, uma iniciativa rejeitada por Telavive, que argumenta que a ação é apoiada pelo grupo islamita palestiniano Hamas.