Em entrevista à Antena 1 na véspera do início de mais um ano letivo, o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, disse que em "98% a 99% das escolas, todos os professores são colocados e os alunos terão aulas em todas as disciplinas”.

O número de estudantes sem todas as disciplinas “ainda não foi calculado”, mas o ministro garante que as necessidades das escolas “são muito menores” do que o número de professores profissionais ainda não colocados.

Há “mais de 20.000 professores profissionais ainda não colocados”, disse ele, reconhecendo que a maioria vive no norte do país e as necessidades estão essencialmente nas áreas de Lisboa, Alentejo e Algarve, onde os custos de moradia e viagem são inacessíveis.

De acordo com Fernando Alexandre, atualmente devem existir cerca de mil horários completos a serem preenchidos nas escolas.

De acordo com as estimativas da Fenprof, com base nos pedidos das escolas para preencher horários que permaneceram sem atribuição na segunda-feira, aproximadamente 276.000 estudantes são afetados, dos quais mais de quatro mil são crianças do ensino primário em risco de começar o ano sem professor.

Para os sindicatos, tornar a profissão mais atraente é essencial. Em resposta, o Ministério já anunciou que iniciará as negociações neste mês para revisar o Estatuto da Carreira Docente

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Em relação à falta de vagas na educação infantil, o ministro observou que a secretaria assinará contratos associativos para aumentar o número de vagas na rede pública de ensino.

As aulas começam no final desta semana para 1,6 milhão de crianças e jovens da pré-escola ao ensino médio.