“O Alentejo é um território de baixa densidade com um alto custo de vida para residentes e empresas; nem temos uma rede de transporte público altamente eficiente e não há muitas alternativas ao deslocamento”, disse ele.
Esta realidade, disse o deputado do PS, levou o grupo parlamentar do partido a fazer esta proposta de alteração ao Orçamento do Estado de 2026 para “promover a coesão territorial e reduzir os custos de vida, tanto para residentes como para empresas”.
“É uma medida que aumenta a competitividade dos negócios, dando às empresas mais robustez e reduzindo seus custos, além de aliviar a carga sobre os orçamentos familiares, que, tendo que usar a rodovia, enfrentam um custo muito alto”, enfatizou.
A autoestrada A6 liga a zona da Marateca, no município de Palmela, distrito de Setúbal, e Caia, perto de Elvas e da fronteira com Espanha, no distrito de Portalegre, atravessando vários municípios do distrito de Évora.
A autoestrada A2 liga a área da Marateca ao Algarve, passando por vários municípios alentejanos no distrito de Setúbal e também pelo distrito de Beja.
Segundo Luís Dias, esta proposta de isenção de portagens na autoestrada A6 e nos troços da A2 que servem a região do Alentejo “tem um impacto direto na vida de 700.000 pessoas e 90.000 empresas” em toda a região do Alentejo.
“Se alguém viajar de Borba [distrito de Évora] e entrar na A6 em direção a Lisboa, só começará a pagar portagens a partir do entroncamento da Marateca”, exemplificou, assumindo que será “uma redução muito significativa no custo dessa viagem”.
Referindo-se aos cálculos feitos pelo colega deputado do PS e ex-secretário de Estado das Infraestruturas Frederico Francisco, o parlamentar socialista eleito por Évora especificou que esta medida tem um custo de 10 milhões de euros.
“É um custo muito pequeno, em termos de escala, dentro do Orçamento do Estado, mas para a região do Alentejo, terá um impacto muito significativo, já que as empresas e os habitantes do Alentejo, como um todo, reduzirão seus custos em 10 milhões de euros por ano”, enfatizou.
Luís Dias enfatizou que a proposta, se aprovada pelo parlamento, deve ser implementada a partir de abril de 2026, acrescentando que a isenção será aplicada através do dispositivo Via Verde associado à placa do veículo.





