O Spark, o centro de inovação aberto pelo Grupo Castro em Matosinhos, é exatamente esse tipo de declaração ousada, inteligente e profundamente conectada ao espírito do futuro que o Porto está abraçando.

Como alguém que passou muitos anos no mundo imobiliário, vi inúmeros empreendimentos prometerem inovação, mas poucos oferecem uma redefinição completa do que um espaço de trabalho e um ecossistema urbano podem ser. O Spark tem. Com um investimento de 35 milhões de euros, ele introduz um novo padrão que vai além do design e da sustentabilidade; apresenta uma forma de viver, trabalhar e co-criar que ressoa com a forma como as cidades de

amanhã devem funcionar.

O projeto reúne mais de 11.000 metros quadrados de espaço de escritório flexível, 1.800 metros quadrados de varejo e serviços e mais de 4.000 metros quadrados de áreas verdes. Mas os números por si só não podem expressar o que torna o Spark diferente. O conceito é baseado na conexão entre pessoas, entre natureza e tecnologia e entre realidades físicas e digitais

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O prédio tem como alvo as certificações mais avançadas do mundo, incluindo LEED, WELL, WiredScore e SmartScore. Esses não são meros rótulos; eles são uma declaração de que o Spark pertence à próxima geração de ambientes inteligentes e responsivos. Por meio do monitoramento em tempo real da qualidade do ar, do consumo de energia e água e de soluções integradas de mobilidade, o projeto transforma a sustentabilidade de uma filosofia em prática diária.

Para mim, o que é mais empolgante é o lado humano dessa inovação. O Spark apresenta um aplicativo que permite aos usuários gerenciar toda a sua experiência, desde reservar espaços e acessar serviços até rastrear créditos ecológicos por meio de mobilidade compartilhada. A integração com a plataforma X4Us do CEiiA é um vislumbre de um novo tipo de cidadania urbana, em que a tecnologia recompensa a responsabilidade e constrói a comunidade

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O projeto dedica 35 por cento de sua área total a espaços verdes e recreativos, com jardins urbanos, áreas esportivas e instalações do artista português Bordalo II. É um ambiente que estimula a criatividade e o bem-estar tanto quanto a produtividade. Esse equilíbrio reflete o fato de que nós que trabalhamos no setor imobiliário entendemos profundamente: lugares adequados não são construídos apenas com concreto e vidro, mas com propósitos e pessoas.

A

chegada do Spark também é um forte sinal para o Porto. A cidade evoluiu para um dos destinos mais dinâmicos da Europa para inovação e vida sustentável. Projetos como esse provam que não estamos simplesmente acompanhando as tendências globais; estamos ajudando a defini-las. O Porto mostra que o futuro do setor imobiliário está na integração de tecnologia, sustentabilidade, mobilidade e cultura.

Ao

percorrer as imagens do Spark, senti algo que já tinha visto e sentido na Alemanha quando visitei o Siemens Office Center, com sede no Feng Shui, em Munique, em 2016. Algo que qualquer pessoa que trabalha na área de gerenciamento de projetos imobiliários deve sentir e ter uma mente para pensar no futuro: a sensação de que estamos testemunhando o nascimento de um novo modelo. Não é apenas um edifício; é um ecossistema vivo, um convite para imaginar cidades que trabalhem de forma mais inteligente, vivam de forma mais ecológica e cresçam com intenção.

O Porto sempre teve alma. Com o Spark, agora tem um símbolo poderoso do que acontece quando a visão encontra a ação, uma faísca que iluminará o caminho a seguir para uma nova geração de inovação urbana em Portugal

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