Em comunicado, o IRN afirmou que o novo balcão “concentrará todos os serviços presenciais”, anteriormente prestados no Cartório Central de Registros, na Rua Rodrigo da Fonseca, e no Espaço Expo Registos, em Lisboa.
“Essa reorganização dos serviços presenciais visa oferecer mais espaço, melhores instalações, maior conveniência e maior acessibilidade, buscando melhorar a qualidade do serviço prestado aos cidadãos”, enfatizou o comunicado do IRN.
Na nova mesa, o IRN “poderá lidar com os serviços presenciais (tanto presenciais quanto com hora marcada)”.
Cidadãos com consultas já agendadas nos locais anteriores estão sendo contatados pelo IRN para confirmar a data e informá-los do novo endereço.
O novo balcão, na Alameda dos Oceanos, nº 67-L, estará aberto das 9h às 16h, para serviços de entrada e saída, e até as 19h somente com hora marcada.
O IRN continua a recomendar, no entanto, o uso de canais não presenciais, nomeadamente correio, com os cidadãos a poderem enviar o pedido de nacionalidade e os documentos correspondentes por correio para um balcão de nacionalidade.
Também está disponível um canal online em justica.gov.pt, “que permite a apresentação de todos os tipos de pedidos de nacionalidade e documentos correspondentes”.
Este serviço online “é exclusivo e obrigatório para representantes (advogados e solicitadores inscritos nas respectivas Ordens de Advogados em Portugal) que representem cidadãos estrangeiros em seus pedidos de nacionalidade”, afirma o comunicado do IRN.
Filas
Em seu primeiro dia de operação, o novo balcão em Lisboa exclusivo para pedidos de nacionalidade atendia mais de uma centena de pessoas até o início da tarde, mas não conseguiu evitar as filas na porta
.Por volta das 14h30 do dia 1º de setembro, quando a Secretária de Estado da Justiça, Ana Luísa Machado, chegou para visitar o novo espaço, havia dezenas de pessoas divididas em três filas na porta do novo balcão, sem ingresso e sem garantia de que ainda seriam atendidas.
Quando questionada sobre a aparente deslocalização de linhas e horas de espera das duas estações de serviço anteriores, agora concentradas em uma única no Parque das Nações, em Lisboa, que visa agilizar o atendimento, a ministra disse lamentar a situação, mas a considerou normal, dado o “fator novidade” do novo serviço.
“Me desculpe. Infelizmente, gostaríamos de ser perfeitos e de ter sistemas perfeitos. Não há sistemas perfeitos; estamos fazendo o nosso melhor”, disse o Secretário de Estado.
Ao início da tarde, o novo balcão já tinha servido cerca de 160 pessoas, e a média diária deverá ultrapassar 200, disse Jorge da Ponte, presidente do Instituto de Registos e Notariado (IRN), que acompanhou o secretário de Estado da Justiça na visita.
Quando questionado sobre os mais de 500.000 pedidos de nacionalidade pendentes de análise, o Secretário de Estado disse que “um grande esforço está sendo feito para recuperar todos os casos pendentes
”.Jorge da Ponte adiou em breve uma atualização sobre os casos pendentes, acrescentando, sem elaborar, que houve “alguns sucessos” na redução do número de casos pendentes, sendo o último número oficial, divulgado em junho, de cerca de 515.000.
Nodia em que abriu o novo balcão de atendimento presencial, Ana Luísa Machado reforçou seu apelo para que as pessoas usem meios digitais e o correio para enviar solicitações e documentação, verificar o status do caso ou até mesmo agendar uma consulta. No entanto, nas filas do lado de fora da porta, havia pessoas que estavam tentando agendar uma consulta on-line há semanas, sem sucesso.
As outras duas linhas — para aqueles que simplesmente queriam anexar documentos ao processo existente ou para aqueles que simplesmente queriam informações sobre o status do processo — não pareciam estar mudando, e algumas pessoas desistiram de esperar.